domingo, 4 de agosto de 2013

Cidadania ...

“Enganam-se os que pensam que Moçambique é so deles/Moçambique também é nosso”


O EXERCÍCIO da Cidadania é um elemento fundamental do sistema democrático, mas é muito sensivel a um factor social: a educação. Num país em que a maioria da população é analfabeta, desconhece os seus direitos e deveres, ignora ainda os mecanismos da participação na vida política, esse exercício fica totalmente minado. Moçambique é um desses países.

Os números sobre o sector da educação apesar de timidamente crescentes, tanto em infra-estruturas, como em quantidade de pessoas que vão se beneficiado delas, ainda estão longe de responder aos desafios exigidos para termos uma população letrada e que possa se impor no exercício da cidadania, principalmente se olharmos para a qualidade da nossa educação. 

Muitas críticas já foram levantadas acerca da qualidade do ensino no pais. O sistema montado pelo Governo para responder aos desafios deste sector é desastroso. Serve apenas para tapar os olhos dos doares, através da apresentação de estatísticas óptimas sobre o combate ao analfatismo, enquanto na essência a situação esta a piorar. Registe-se portanto: Pior que ser analfabato e não ter consciência desse facto.

A CITAÇÃO que inicia este artigo retirei duma música intitulada “(Papa) Samora” – em homenagem ao primeiro presidente de Moçambique, pertecente a um agrupamento de reppers, Tumba Sound. O verso é uma reivindicação de pertença que este grupo, falando em nome dos excluídos, faz em relação a esse pedaço do mundo chamado Moçmbique. De resto, ela é legítima se tivermos em conta o nível de exclusão social que se assiste no país. Mas atirar uma frase destas no meio de uma instrumental e parar por ai, não basta. Realmente Moçambique é de todos nós, mas não basta dize-lo, é preciso exerce-lo. 

Os políticos precisam começar a perceber que não nos vão tapar os olhos eternamente e como dizia o defensor dos direitos humanos, Custódio Duma, a revolução não deve parar. Eu diria que a chama da revolução esta acesa, cabe a nós não deixa-la apagar-se. É preciso reacender de forma contínua e perpétua esta chama para que ela traga resultados palpaveis. Precisamos dar eco às vozes que lutam por um Moçambique mais justo.

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