O milagroso mecanismo
apresentado ao mundo como sendo a possível solução para a redução das emissões
de gases de efeito estufa refiro-me ao REDD+, é alvo de fortes
críticas por parte de diversas organizações ambientalistas que afirmam
categoricamente que este não passe de uma nova investida dos seus promotores visando
colonizar os povos.
REDD
(Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação das floresta), de uma forma
simplificada, refere-se a um mecanismo, ou uma política, que contempla formas
de prover incentivos financeiros aos países em desenvolvimento que tomarem medidas
no sentido de mitigar as acções das mudanças climáticas.
Teoricamente,
o que esses países devem fazer é reduzir as emissões derivadas de desmatamento
e degradação das florestas através de gestão sustentável e conservação das
florestas e plantar mais árvores e em troca ganharem dinheiro. Mais uma vez,
teoricamente, a questão parece muito simples e prática, mas há quem defende que
a realidade não é essa.
O movimento
No REDD, uma rede de organizações ambientalistas que se opõem ao REDD+, sustenta
que este mecanismo tem efeitos profundamente catastróficos contra as
comunidades nos locais onde é implementado. A No REDD, no auge da sua
indignação e manifestação da oposição declara que a REDD+ não é mais que um “neocolonialismo
disfarçado” visando subjugar os povos das Américas e principalmente da África.
É que
em muitos países onde esta política está a ser implementada, as comunidades indígenas
são proibidas de fazer uso das árvores e em casos extremos forçadas a abandonar
suas terras em nome da preservação das florestas.
Noutros
casos, as comunidades são aliciadas a aceitarem “falsos projectos” de
preservação da natureza (florestas) através de plantio de árvores. Nesses projectos,
as comunidades, que muitas vezes são levadas a assinar contratos precários para
esses projectos, são protagonistas cabe-lhes a tarefa de plantar tais árvores
em troca de dinheiro. Sucede, porém, que para o cumprimento dos contratos as
comunidades são obrigadas a reduzir consideravelmente a sua dedicação a
produção de comida para cuidar de árvores, o que agudiza a situação de
insegurança alimentar.
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